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Noite de assíntota

Momento de conflito e aflição perseguem meus dias...
Decisões que sempre adiei iluminam minha noite e não consigo dormir pensando em cada uma delas.
Me pego entregue aos detalhes como um destemido legista, confiante de que sabe o que está fazendo.
Se minhas palavras já soam vagas, você deve ter ideia do quão fundo e escuro estão os cômodos desta casa de um quarto só que eu gosto de chamar de futuro.
Como em um jogo de pocker, faço minhas apostas contrariando probabilidades e estatísticas que mesmo o melhor dos jogadores teria dúvidas em arriscar.
Quem dera eu pudesse fazer uso do escapismo e simplesmente me permitisse acompanhar o jovem alter ego de caráter frio e calculista que indiferentemente me oferece o whisky favorito e se senta ao meu lado para ouvir o que eu tenho a dizer.
Não vejo o tempo passar, as perguntas só aumentam, o trabalho deve ser feito, a formatura deve ser realizada e o papo não convence o relógio que firmemente aponta o horário de 2 da manhã de terça.
Essa história eu não sei como termina, encaro a mudança como uma constante e mesmo que eu ande em círculos, estou certo de que é por ali que devo começar.
Me deito e volto a durmir.


Talvez seja este o aprendizado mais difícil: manter o movimento permanente, a renovação constante, a via vivida como caminho e mudança. (Maria Helena Kuhner)





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