Li outro dia que o homem deve ser inventado a cada dia, que um homem sensato pode apaixonar-se como um doido, mas não como um tolo. Todos os dias você tem aquela ordinária chance de ser idiota e suas experiências te explicam como fazer isto muito bem feito, maldito livre-arbítrio. Se é certo o que penso fazer, não sei, pode ser mais uma situação onde me vejo obrigado a parar e rever os próprios conceitos uma vez mais.
A verdade é que o último dos apaixonados acreditava que o seu amor pela mulher vida era essencialmente puro, sincero e cúmplice de sua amada. O amor para mim assim como a loucura, tem vários pontos de vista, cada um se apóia naquele que for mais conveniente, daí as tantas experiências. Posso ser louco para alguns mas nada impede de apoiar na bengala do amor para justificar meus atos. Não posso exigir o amor de ninguém, mas posso apenas dar boas razões para que gostem de mim se é assim que se representa no teatro do bem amar. Prefiro pensar que para tal sentimento não existe protocolo ou "faça você mesmo".
Mas em meu ponto de vista, este sentimento é a atriz que não mente, nem sequer é conveniente ou tampouco se apoia nesse sentimento que só machuca a gente. Neste roteiro as mulheres que esperam um homem perfeito dizem que o amor perfeito teria a maior paciência do mundo em me curar dessa loucura, e vocês tem a maior paciência do mundo em aumentar a minha.
Se você gostou da imagem, comente e poste sua análise. Meu ponto de vista vai do expressionismo ao teatro modernista de Nelson Rodrigues e sua obra (Vestido de noiva), mas com óbvias adaptações a minha realidade.
Quero passar a idéia de um ex-apaixonado que passa a desconstruir sua amada em sua mente como uma sombra. A analogia é válida quando se pensa na sombra como algo que você sabe que está lá mas não consegue ver com nitidez. Neste caso seria um sentimento que ele sabe que existe mas não entende e este conflito é tão gradativo e intenso em seus sentimentos que chega a beirar a loucura. Entretanto, trata-se de um loucura de vários pontos de vistas diferentes já que a inconstância de seus sentimentos permite um leque muito grande de análises.
ResponderExcluirNelson Rodrigues ficou conhecido por inovar no teatro brasileiro por passar a idéia de sair do plano da realidade para o ilusório e fantasioso ao mesmo tempo.
olá,
ResponderExcluirEscolheu um tema instigante para iniciar o blog: o amor. Falar de amor nunca tem coerencia. Escreva mais....
abraços
Poxa bacana o texto e a imagem victor.
ResponderExcluirA imagem me passa uma idéia de tristeza feminina.Um pouco de sensualidade pela forma com que é riscado o corpo da mulher e os detalhes do seio. Não cheguei a pensar que poderia ser uma desconstrução do sentimento mas gostei da idéia de pensar por este lado afinal a idéia e ter aqui vários pontos de vista né mesmo ? beijooss sucesso
Eu gostei da forma que vc se defendeu da loucura e do amor perfeito. É muito difícil casar os dois e ainda ficar de bem visto aos olhos dos outros. Nos pedem uma forma de amar que só se justifica pelo romantismo, mas se enganam em pensar que o romantismo está na forma utópica de amar (daqueles que se entregam de forma dramática, tosca). Trata-se de um contrato sem data e sem signatários que apenas procuram dividir e se completar de alguma forma. Se for um relacionamento baseado no "peguei-criei" nao é relacionamento é conformismo, isso dá até baixa auto-estima na minha opinião. Enfim, excelente produçao Victor!
ResponderExcluirSobre a imagem, me lembra uma mulher de uma postura firme que SE MOSTRA insatisfeita de alguma forma. E por estar trazendo o nudismo a tona e lembrando traços femininos me passa idéia de uma "beleza insatisfeita" que vai embora conforme aumenta a loucura de quem está prestes a se apaixonar por tal figura feminina.
Acho que fumei um backkkkk mano HAAHAHA